Sob a presidência do Juiz Federal do Trabalho, Dr. Marcelo Carlos Ferreira e a orientação dos professores das matérias de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho, advogados Dr. Romeu Gonçalves Bicalho e Dr. Luiz Maurício Chierighini, mais de sessenta alunos quartanistas e quintanistas estiveram envolvidos na realização da já tradicional Audiência Trabalhista Simulada da FADITU. O evento aconteceu na quarta-feira, dia 13 de junho, nos períodos da manhã e da noite.
Pelo segundo ano consecutivo, o Juiz Federal do Trabalho, Dr. Marcelo Carlos Ferreira, atualmente Titular da Vara do Trabalho de Salto e Juiz Substituto no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, com sede em Campinas, prestigiou o evento dos alunos, presidindo as audiências.
Antes do início das audiências propriamente ditas, em sua breve explanação aos alunos, Dr. Marcelo ressaltou que “tudo começa com uma boa intenção.” “Parto do princípio que vocês saem daqui prontos para atuarem com boa fé; comecem com uma boa intenção”, frisou o magistrado.
Ao final da sua fala, Dr. Marcelo incentivou os estudantes a “não abandonarem a fé no Direito” e salientou que os operadores do Direito do Trabalho lidam com “o bem mais precioso do ser humano, que é o fruto do suor do seu trabalho”.
Ao todo, o Juiz presidiu oito Audiências Simuladas, nos dois períodos, sendo duas de ações de insalubridade, duas de vínculo empregatício, duas de horas extras e duas de justa causa.
Numa verdadeira aula prática, Dr. Marcelo citou alguns exemplos de erros que comumente advogados não tão bem preparados cometem nas audiências. Um exemplo de erro citado por ele é do “advogado que requer ao juiz a oitiva do próprio cliente durante a audiência.”
Como já é costume, os alunos se prepararam para o evento de acordo com as regras vivenciadas em uma audiência real na Vara do Trabalho. No transcorrer das audiências, o professor Dr. Romeu Bicalho pontuou as peculiaridades da matéria. Um dos pontos levantados pelo professor foi a atenção que os alunos devem dispensar à relevância dos argumentos orais dos advogados especialmente na atuação durante uma audiência na Justiça do Trabalho.
Outro ponto importante levantado pelo professor é a questão da relação entre o advogado e o juiz. “O juiz não é inimigo; o juiz arbitrário, autoritário, normalmente está atrelado à incapacidade profissional do advogado em saber conduzir a situação”. E ressaltou: “o litígio é entre as partes”. E prosseguiu: “a missão do advogado não é estimular o litígio, mas sim proporcionar a paz social e trabalhar para a conciliação, contudo, sem titubear na defesa do seu cliente, é a missão de todo advogado bem preparado”, finalizou.
Foto: Dr. Luiz Maurício Chierighini, Juiz Federal do Trabalho, Dr. Marcelo Carlos Ferreira e Dr. Romeu Gonçalves Bicalho.